Em maio, Belford Roxo destacou-se negativamente como o pior município da Baixada Fluminense na geração de empregos. Segundo Fernando Lobo, essa triste realidade afeta a maioria dos municípios da região, especialmente os trabalhadores que precisam ingressar no mercado de trabalho.
O Ministério do Trabalho divulgou recentemente os dados de maio do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), instrumento utilizado para monitorar a situação da mão de obra formal no Brasil e coletar informações sobre geração de emprego e desemprego no país. No estado do Rio de Janeiro, foram criados 15.627 novos postos de trabalho.
Fernando Lobo, ex-coordenador do Observatório de Emprego e Renda da SETRAB, critica severamente a gestão política na Baixada Fluminense em relação à geração de emprego. Apesar do estado do Rio de Janeiro ter criado 15.627 postos de trabalho em maio, Belford Roxo registrou um saldo negativo de 133 postos formais perdidos, especialmente nos setores de Serviços e Construção. Outras cidades como Itaguaí e Japeri também apresentaram saldos negativos, com perdas de 107 e 37 postos, respectivamente.
De janeiro a maio, os municípios que mais fecharam postos de trabalho foram São João de Meriti (1.167), Magé (632), Nilópolis (276) e Belford Roxo (82), o que evidencia a falta de compromisso dos gestores municipais com políticas de capacitação profissional e geração de emprego, muitas vezes subjugadas por acordos políticos.
A maioria das secretarias de Trabalho, tanto estadual quanto municipal, não implementou políticas públicas efetivas para a geração de emprego e renda, nem mesmo cursos básicos de qualificação profissional. Como resultado, 70% das vagas de emprego não são preenchidas por falta de qualificação dos candidatos. É urgente modificar essa realidade para evitar que a população continue a pagar o preço pela ineficiência administrativa.
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