Caso Ceperj: julgamento no TSE pode tirar Cláudio Castro do jogo político antes de 2026

Governador pode ver seus planos nacionais desmoronarem antes mesmo de disputar o Senado.

 

O julgamento do Caso Ceperj no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recoloca o governador Cláudio Castro (PL) no centro da arena política. Depois de ter sido absolvido pela Justiça estadual em 2024, o chefe do Executivo fluminense agora enfrenta um processo que pode não apenas encerrar seu mandato, mas também sepultar sua carreira política.

Se o TSE decidir pela cassação do mandato, Castro se tornará inelegível por oito anos — o que o afastaria da vida pública e o impediria de disputar o Senado em 2026, um dos principais passos que ele planejava para consolidar sua influência em Brasília. A condenação representaria o fim de um ciclo político que começou em 2019, quando ele assumiu o governo após o impeachment de Wilson Witzel, e o colocaria na mesma rota de outros líderes fluminenses que perderam espaço por envolvimento em escândalos administrativos.

 CEPERJ- entenda o caso

O que está em julgamento

 

O Ministério Público Eleitoral pede a cassação  da cúpula da política do Rio incluindo  por abuso de poder político e econômico. Cláudio Castro- o governador, Segundo o MP, “teve decisiva atuação nos âmbitos da CEPERJ e da Uerj (…) para a consecução do objetivo ilícito” Os órgãos usados para suposto uso eleitoreiro foram a Fundação Ceperj e a Uerj.

No centro da acusação, está a “folha de pagamento secreto” com 27 mil cargos no Ceperj e 18 mil na Uerj. O verdadeiro objetivo das nomeações seria usar a máquina do estado com fins eleitorais.

AVALIAÇÃO DO GOVERNADOR.

 

Em meio a essa situação tensa, no inicio do mês foi divulgada uma pesquisa sobre aprovação do governador: Segundo os dados, Cláudio Castro (PL), é aprovado e desaprovado por 46% da população fluminense, segundo pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada nesta quinta-feira (9). Não sabe ou não respondeu somam 8%.

Foram ouvidas 1.500 pessoas, entre os dias 7 e 8 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. 

Avaliação do governador: 25% dos entrevistados consideram Cláudio Castro ótimo ou bom, enquanto 45% o avaliam como regular. Já 25% o classificam como ruim ou péssimo, e 5% não souberam ou preferiram não responder.

Entre muitos outros motivos que possa ter levado a esse alto número de desaprovação, de quase 50% do governo, destacamos dois: Violência e Saúde.

Violência

O estado do Rio de janeiro tem sofrido com a violência constante onde todos os dias tem tido confrontos nas comunidades e muita das vezes atrapalhando o movimento nas principais vias publica do Rio.

Um novo relatório divulgado No mês de fevereiro, pelo Instituto Fogo Cruzado mostra um cenário alarmante na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: houve aumento expressivo no número de tiroteios, mortos, feridos, vítimas de balas perdidas e baleados em roubos no primeiro mês de 2025. O documento descreve a situação como “uma explosão na violência armada”.

Em janeiro, 181 pessoas foram baleadas, das quais 79 morreram. O número representa um salto de 79% em relação aos 101 baleados registrados em janeiro de 2024. As mortes também aumentaram, com alta de 36% frente às 58 vítimas fatais contabilizadas no mesmo período do ano passado.

Na comparação com dezembro de 2024, o levantamento aponta crescimento de 42% nos tiroteios, 1% nas mortes e 70% no total de feridos. No último mês de 2024, haviam sido registrados 195 tiroteios, 78 mortos e 60 feridos.

Um dos dados mais preocupantes é o número de vítimas de balas perdidas: foram 26 casos em janeiro, dos quais sete resultaram em morte. É o maior número para o mês de janeiro nos últimos nove anos, segundo o instituto.

Outro indicador que reforça a escalada da violência é o número de baleados em roubos ou tentativas de roubo, que chegou a 25 casos — o maior registro desde 2020. Entre essas vítimas, oito não resistiram aos ferimentos.  

Saúde

 

Em 2023, o gasto médio foi de R$ 430 por habitante, o Rio de Janeiro foi o estado brasileiro que menos investiu recursos próprios em saúde no ano de 2023, segundo dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Governo Federal.

O levantamento, baseado em informações do próprio sistema, revela que o governo fluminense aplicou em média, R$ 430 por habitante em ações e serviços públicos de saúde — totalizando R$ 6,9 bilhões investidos na área no último ano.

O Siops, instrumento de planejamento e controle do Ministério da Saúde, permite acompanhar quanto cada unidade da federação destina de recursos próprios à saúde, sem considerar os repasses federais. Os números colocam o Rio de Janeiro na última posição do ranking nacional, atrás de estados com economias menores e populações inferiores.

Em 2024, a situação se agravou: os repasses do governo estadual para os municípios atrasaram, o que pressionou as prefeituras e comprometeu o funcionamento de unidades básicas e programas locais de atendimento. Gestores municipais afirmaram a época que os atrasos dificultaram o custeio de equipes, compra de insumos e manutenção de serviços essenciais.

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