Com tarifas de até 50% sobre produtos nacionais, setores como aeronáutica, café e carnes enfrentam risco de prejuízo bilionário e perda de milhares de empregos, forçando o Brasil a buscar novos mercados.
No último dia 09 de julho DONALD TRUMP, presidente dos Estados Unidos anunciou novas tarifas voltando assim a sua guerra comercial, e o Brasil foi o país que teve a tarifa mais alta: 50% sobre seus produtos exportados para o país americano; em sua justificativa ele falou sobre as ordens de censuras secretas injustas para plataformas de mídias social dos Estados unidos, também falou sobre caça as bruxas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está enfrentando julgamento no STF.
Na ultima quarta-feira entrou em vigor o tarifaço anunciado por Trump, segundo alguns economistas 39,5% das mercadorias exportadas aos Estados unidos serão afetadas, o que representa 4% da exportação brasileira. Diante dessa grande probabilidade na diminuição das exportações, empresas brasileiras passaram a focar parte da produção para o mercado interno, o que pode gerar aumento nos preços de produtos como carne, café, metalúrgica. Além disso, o risco de desemprego em setores exportadores pode impactar a renda das famílias. A retração no consumo das famílias pode ser de 0,26%, e as exportações totais brasileiras cairiam até 2,83%, segundo estudo da UFMG, que também estimou destruição de até R$ 31 bilhões no PIB em dois anos. Estima-se que o agronegócio brasileiro pode sofrer prejuízos de até US$ 5,8 bilhões (~R$ 32 bilhões) devido às tarifas. Setores como aeronáutica (Embraer), pesca e armas, que exportam mais da metade da produção aos EUA, podem sofrer um pouco mais. Produtores de Açaí já estão sofrendo com esse tarifaço, pois os estados unidos são os principais exportadores; quase todo produto consumido por La é de origem Brasileiras sendo 90% da produção do estado do Pará. Exportadores mais poderosos, como a empresa paulista Açaí Tropicália Mix, também estão sentindo o impacto Rogério de Carvalho, disse: No ano passado, exportou para os EUA cerca de 270 toneladas de creme de açaí — uma versão industrializada do fruto — pronto para consumo. Com a imposição de tarifas, disse ele, os importadores americanos se afastaram e os clientes suspenderam as negociações. Também sofreram grandes impactos produtos como: Café (o Brasil é o maior exportador mundial, e os EUA são grandes compradores), Carne bovina e de frango (exportações diretas e indiretas para processadoras americanas). Perda estimada para o agro: até US$ 5,8 bilhões (~R$ 32 bilhões).
Armas e munições: Exportações brasileiras de munições e armamentos (para uso civil e militar) dependem fortemente do mercado americano.
Indústria de transformação: Máquinas e equipamentos, produtos metalúrgicos e componentes eletrônicos vendidos aos EUA terão aumento de preço e menor competitividade. Afeta setores que dependem de cadeias de suprimento integradas com a indústria americana.
Produtos químicos e derivados: Caso o Brasil responda com tarifas equivalentes (retaliação), químicos e derivados estão entre os mais expostos, afetando também plásticos e insumos industriais.
Resumo visual do impacto:
- Altamente impactados: Aeronáutica, agropecuária, pesca, armas.
- Moderadamente impactados: Máquinas, eletrônicos, produtos químicos.
- Impacto indireto: Serviços e logística ligados às exportações.
No total, estima-se que as perdas diretas possam chegar a R$ 25 a 32 bilhões no PIB brasileiro, com destruição de até 146 mil empregos formais e informais, segundo estudos da CNI e FIEMG.
O futuro do comércio bilateral
Com as tarifas em vigor, o Brasil enfrenta um teste de resiliência econômica. A aposta em inovação, novos acordos comerciais e diplomacia ativa será crucial para mitigar os prejuízos. Para produtores e empresários, no entanto, a incerteza já é real. “Quando o maior mercado do mundo fecha a porta, você tem que encontrar outras janelas. Mas isso leva tempo, e o tempo é dinheiro”, resume o analista de comércio exterior Luiz Tavares.