De acordo com informações divulgadas pelo Blog do Garotinho, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, estaria planejando uma negociação controversa no estado, supostamente sob orientação do ex-governador Sérgio Cabral. A iniciativa envolve a reativação de um banco privado extinto há seis décadas, o Banco de Crédito Móvel (BCN), que detém precatórios estimados em mais de R$ 1 bilhão a serem pagos pelo próprio governo estadual.
O BCN, considerado extinto desde 1964, possuía propriedades em áreas valorizadas como Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes. Recentemente, um grupo tentou reativar o banco com o nome de BCN Ativos Imobiliários, visando obter controle sobre esses terrenos e os precatórios associados. Para isso, registraram atas de assembleias na Junta Comercial do Rio de Janeiro (JUCERJA) e conseguiram um novo CNPJ na Receita Federal, apesar de pareceres contrários da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
A PGE alegou fraude nos registros dos imóveis desapropriados e obteve liminar para suspender o pagamento dos precatórios. Além disso, o Ministério Público determinou a instauração de um inquérito para apurar o envolvimento de agentes públicos no caso. A diretoria nacional responsável pela fiscalização de bancos também anulou a reativação do BCN, considerando a empresa extinta.
Nos bastidores da PGE, comenta-se que a tentativa de recriar o BCN remonta à era Cabral, mas foi impedida na época por procuradores de carreira. Agora, com a suposta orientação de Sérgio Cabral, Cláudio Castro estaria tentando retomar a negociação. Fontes indicam que o pagamento dos precatórios poderia render cerca de R$ 150 milhões em comissões ao ex-governador e ao atual governador.
Essas movimentações têm gerado preocupações sobre a transparência e legalidade das ações do governo estadual, especialmente considerando o histórico de corrupção associado a figuras políticas envolvidas.
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